terça-feira, 13 de setembro de 2011

NOVA ZELÂNDIA (quinta parte)

No dia seguinte, fomos para Invercagill pela "scenic road". Depois de Dunedin, na costa oeste, a paisagem mudou completamente. Agora apenas colinas com pastagem e o mar à direita.
Em Dunedin fomos à península de Otago.  Um lugar de beleza deslumbrante, onde se pode pedalar pelas encostas dos morros avistando o mar lá embaixo. Nessa península esta a única colônia terrestre de albatrozes. Fica no outro extremo da ilha e tem um museu interessante que conta a história da região desde o descobrimento e sobre a colônia de albatrozes.
  
Na volta, parei em Dubai, para conhecer a cidade e amenizar os efeitos da viagem longa. Vale a pena, pelo excentrismo da cidade, onde tudo é artificial.    É curioso observar as famílias de indianos e iranianos, numerosas e com os mais jovens empurrando os mais velhos, hesitantes, nas intermináveis escadas rolantes dos shoppings. É interessante ver os aldeões idosos, provavelmente habitantes do deserto ou de pequenos e isolados vilarejos, levados pelos filhos para esta Disney oriental. É interessante observar como olham, de olhos arregalados, extasiados com o piso de mármore, as altas colunas de acrílico e alumínio, os dourados sempre presentes que ornamentam o interior dos saguões intermináveis e as escadas rolantes, sempre em movimento. Tudo muito novo e estranho para eles.
E óbvio, há, em maior número, os habituês de shoppings, sempre com sacolas cheias, virando o pescoço para as vitrines enquanto andam.
Não deixe de ir ao Souk, o mercado central. Há o Grande Mercado, o Mercado de Ouro e, este sim, imperdível, o Mercado de Especiarias. Onde uma fava de baunilha, úmida, cheirosa, custa um real (!), um bom pacote de lavanda, para culinária, custa menos de 5 reais. E o açafrão iraniano, o melhor que existe, é vendido em qualquer banquinha.
 E passeie de barco pelo Dubai Creek por menos de um real. É o transporte deles. Liga vários pontos da cidade. E você pode contratar o barqueiro, diretamente, para um passeio exclusivo de algumas  horas pelo equivalente a vinte reais.
Não se anda a pé em Dubai. Mesmo em janeiro, pleno inverno, o calor é de assar. Não há calçadas e as distâncias são impraticáveis, o ar é turvo, carregado de areia do deserto que circunda a cidade.
  
Hora de voltar. A empresa aérea, Emirates, faz lembrar os bons tempos da Varig, da Transbrasil, das aeromoças bonitas e simpáticas, sorridentes e atenciosas. E das poltronas com espaços embora reduzidos, dignos.
O vôo a São Paulo foi tranqüilo.  A fila de apresentação de passaporte meio tumultuada, como sempre.
Foi uma das melhores viagens que já fiz. Vale a pena. Não dá para descrever as paisagens, os sons, as cores, os sabores, a sensação de liberdade e a conjunção com a natureza que uma viagem dessas proporciona.
Há duas rotas na proa para o ano vindouro: Noruega, mar do Atlântico Norte ou Austrália, rota Munda Biddi. Vamos decidir.  Nos encontraremos depois.
                                                        

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